Renuncia Quaresmal da diocese da Guarda

Ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte de Moçambique e o fundo de solidariedade gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, são os destinos da renúncia quaresmal deste ano na Diocese da Guarda.

“Querendo nós, ao longo da Quaresma, dar especial cumprimento à recomendação de cuidarmos bem uns dos outros, urge procurar reforçar o nosso propósito de viver a solidariedade e a partilha, especialmente com os mais necessitados”, escreve o Bispo da Guarda.

Na mensagem para o tempo de Quaresma, D. Manuel Felício explica as razões da escolha para os fundos que vão ser recolhidos ao longo deste tempo litúrgico que culmina com a celebração da Páscoa, no dia 4 de Abril.

Em relação à parte destinada a Moçambique, o Bispo da Guarda explica que pretende ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte daquele país africano, “em que continua a crescer o número de mortos e refugiados”. Assim, metade da renúncia quaresmal será “entregue ao Bispo da Diocese de Pemba (antes chamada Porto Amélia), no norte de Moçambique, D. Luís Fernando Lisboa, o rosto desta causa, que já foi levada ao Parlamento Europeu, suscitou a atenção do Papa e chegou também à nossa Assembleia da República”. D. Manuel Felício recorda que “o primeiro Bispo desta mesma Diocese do norte de Moçambique era natural da nossa Diocese (Aldeia do Souto – Covilhã), o Senhor D. José Garcia, falecido em m 2010”.

A outra metade da renúncia quaresmal será para um fundo de solidariedade, dentro da Diocese, gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, “para responder a necessidades novas, fruto da pandemia, entre nós”.

D. Manuel Felício julga que será possível entregar a renúncia quaresmal “na Assembleia do Domingo, no final da Quaresma”, mas caso tal não aconteça deve ser encontrada a forma “julgada mais conveniente”.